A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Poetas! meus irmãos... (de Alma Welt)

Poetas! meus irmãos, lhes agradeço
A existência imensa que transbordam
Para esta Alma aqui em seu começo
De mundo, e da obra que me acordam

Pois que, poeta ergui-me, por quê não?
Me deram seu tesouro ainda pequena
Com sua magia que logo me fez plena
De riquezas, malgrado a solidão.

E agora, ombreando, lado a lado,
Não contenho meu orgulho como par
Deste reino de prazer puro e alado

Mas também de dor pungente e inaudita
Cuja volúpia está em se cantar
A beleza do homem em sua desdita...

29/11/2006

domingo, 27 de julho de 2008

Dúbios domingos (de Alma Welt)

Tenho com os domingos dúbia liga
Pois embora ensolarados em essência
Me fazem ver do Tempo a vã carência
E a tal fugacidade, ó minha amiga.

A contagem domingueira se revela
Ultimamente regressiva e voraz
Embora eu seja jovem, viva e bela,
Já me vejo saudosa a olhar pra trás.

Eis que me sinto assim contemplativa,
Que nunca fui alguém que muito chore,
E me ponho a vagar como uma diva

A colher florzitas como a Core
No seio claro desta natureza viva
Antes que o escuro solo me devore.


28/11/2006