A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bugigangas (de Alma Welt)

Quando chego de viagem ao casarão
Trazendo na bagagem novo texto,
Que das bugigangas, só pretexto,
Trago poucas, pois lhes tenho aversão,

Sou mal compreendida por Matilde
E mais pela Solange e meu cunhado
Que vêem logo em mim algo de errado,
Qual seja: alienada ou falsa humilde.

Mas não é o que penso que lhes devo,
Frutos estéreis do vão mercantilismo,
Pois que herdei do meu Vati o idealismo...

É que a mim só interessam sentimentos
E as lembranças gratas dos momentos
De pura emoção, memória e enlevo.


15/12/1999

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O dia e a noite (de Alma Welt)

Os últimos albores na planície
Costumam me levar à compreensão
Súbita e fugaz da imensidão
Contra o humano limite e superfície.

Eu sei, o sol é Deus e é visível,
Olho severo mas sensível e amoroso
Que doura o nosso mundo compreensível
Pra mergulhar depois no duvidoso.

E assim o que o sol nos esclarece
O sono desmente ou desvirtua
E temos que rever o que parece.

Agora, em suas sombras e estigmas,
A noite das estrelas e da lua
Nos convida ao sonho dos enigmas...


(sem data)