Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
quinta-feira, 26 de junho de 2008
O recurso Münchhausen (de Alma Welt)
Ilustração de Gustave Doré para As Aventuras do Barão de Münchhausen.
Como viver depois de ter vivido
Não o amor mas horror do coração
Após golpe, desonra, humilhação
Ou violação da carne sem sentido?
Como viver com o sonho desfeito
Do que era a própria imagem do viver?
Cair das nuvens ou mesmo desse leito
Onde se foi feliz, e não morrer?
Bah! Há que puxar-se por cabelos
Da alma como o lance do barão
Que afundava só e sem apelos
No poço de uma movediça lama,
E com o baio magro da razão
Alçar-se bem acima dessa cama!
08/03/2002
segunda-feira, 16 de junho de 2008
O fio da navalha (de Alma Welt)
Quando penso nos lances que vivi,
Vejo que já estavam em meu destino
E ao passar por eles revivi
Um trajeto antigo e muito fino:
Uma espécie de fio de uma navalha
Em que caminhamos entre abismos
Para subir ao Olimpo ou ao Walhalla
Ou alguns que tais paroxismos.
E depois do caminho percorrido
Quase divididos pelo fio
Chegamos ao plano prometido
Um enorme e belo prado ondulado
Pelo Letes cortado, aquele rio,
E teremos a nós mesmos alcançado.
09/06/2006
Vejo que já estavam em meu destino
E ao passar por eles revivi
Um trajeto antigo e muito fino:
Uma espécie de fio de uma navalha
Em que caminhamos entre abismos
Para subir ao Olimpo ou ao Walhalla
Ou alguns que tais paroxismos.
E depois do caminho percorrido
Quase divididos pelo fio
Chegamos ao plano prometido
Um enorme e belo prado ondulado
Pelo Letes cortado, aquele rio,
E teremos a nós mesmos alcançado.
09/06/2006
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