O poeta em mim fixa no olhar
A condição perene do momento
E transforma a ação em pensamento
E em verbo o cenário do pensar.
A cor do gesto o olhar plasma
No exercício do diário poetar
Onde o ser comum deixa passar
Como se a ação fora um miasma.
Mas tudo permanece na retina
Como a daqueles mortos de terror
Que gravam a face do assassino
Na pupila que logo perde a cor
Assim que o detetive a examina
E revela como prova de um destino.
(sem data)
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Cabra-Cega (de Alma Welt)
A poesia que coloco no papel
Será sempre a imagem verdadeira
Daquilo que projeto sob o céu
Enquanto brinco a louca brincadeira
Que é este estar às cegas nesta vida
Como aquele jogo dos infantes
Cuja eterna tensão durava instantes,
Do tatear e o reencontro, comovida.
Assim, também cego é o soneto
Que me faz percorrer sombria senda
De dores, emoções e algum tropeço,
Quando, afinal, na chave do terceto,
Inaudito como o fecho de uma lenda,
Toco meu próprio rosto... e o reconheço.
(sem data)
Será sempre a imagem verdadeira
Daquilo que projeto sob o céu
Enquanto brinco a louca brincadeira
Que é este estar às cegas nesta vida
Como aquele jogo dos infantes
Cuja eterna tensão durava instantes,
Do tatear e o reencontro, comovida.
Assim, também cego é o soneto
Que me faz percorrer sombria senda
De dores, emoções e algum tropeço,
Quando, afinal, na chave do terceto,
Inaudito como o fecho de uma lenda,
Toco meu próprio rosto... e o reconheço.
(sem data)
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