O poeta em mim fixa no olhar
A condição perene do momento
E transforma a ação em pensamento
E em verbo o cenário do pensar.
A cor do gesto o olhar plasma
No exercício do diário poetar
Onde o ser comum deixa passar
Como se a ação fora um miasma.
Mas tudo permanece na retina
Como a daqueles mortos de terror
Que gravam a face do assassino
Na pupila que logo perde a cor
Assim que o detetive a examina
E revela como prova de um destino.
(sem data)
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