Às três ou quatro conhecidas dimensões
Que podemos constatar ou só inferir,
Se juntará a mais sutil das ilações,
Que é a nossa dimensão de Existir.
Entretanto dela não sabemos nada,
Nem o sentido, quanto mais definição.
Todavia persistimos na jornada
Como se isso fosse mesmo conclusão.
Mas o simples mistério da Existência
Descortina para nós o Infinito
Que por certo disso tudo é a essência.
Mas o que é a Essência não sabemos,
Pois ainda nem sabemos do que vemos
Além do simples vôo de um mosquito.
(sem data)
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
A pedra e a rosa (de Alma Welt)
O ser humano tem a ânsia da fusão,
Do misturar-se ao outro docemente
Pra estar além da inata solidão
Em que o corpo é cárcere da mente.
Mas quantos vãos rodeios sedutores
A alma pra se unir deve fazer,
Tão próxima do outro, seus pendores,
E tendência a tão só permanecer
E de restar no meio do caminho
Por medo do silêncio que ali medra
Depois de todo o imenso burburinho.
Pois a procura é antiga e duvidosa
Como a filosofal e rara pedra
Que cria ouro, em vez de pura rosa...
19/01/2005
Do misturar-se ao outro docemente
Pra estar além da inata solidão
Em que o corpo é cárcere da mente.
Mas quantos vãos rodeios sedutores
A alma pra se unir deve fazer,
Tão próxima do outro, seus pendores,
E tendência a tão só permanecer
E de restar no meio do caminho
Por medo do silêncio que ali medra
Depois de todo o imenso burburinho.
Pois a procura é antiga e duvidosa
Como a filosofal e rara pedra
Que cria ouro, em vez de pura rosa...
19/01/2005
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
A canção do bem-te-vi (de Alma Welt)
A canção do bem-te-vi está nos genes
E a maneira de um vestir o paletó
Assim como outras coisas mais perenes
É sempre algo que retornará do pó.
Nisto consiste da memória o tal milagre
Que morando nas pequeninas células
Faz que um gesto ou canto se consagre,
Mal-me-quer a renovar as suas pétalas...
Assim, o amor também já vem de longe
E tudo é reencontro ou só memória,
Ninguém foge da sina, nem o monge.
E se o barquinho persiste na procela
Eis nosso afinal consolo e glória:
Temos mesmo do divino uma parcela!
14//08/2007
E a maneira de um vestir o paletó
Assim como outras coisas mais perenes
É sempre algo que retornará do pó.
Nisto consiste da memória o tal milagre
Que morando nas pequeninas células
Faz que um gesto ou canto se consagre,
Mal-me-quer a renovar as suas pétalas...
Assim, o amor também já vem de longe
E tudo é reencontro ou só memória,
Ninguém foge da sina, nem o monge.
E se o barquinho persiste na procela
Eis nosso afinal consolo e glória:
Temos mesmo do divino uma parcela!
14//08/2007
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