O ser humano tem a ânsia da fusão,
Do misturar-se ao outro docemente
Pra estar além da inata solidão
Em que o corpo é cárcere da mente.
Mas quantos vãos rodeios sedutores
A alma pra se unir deve fazer,
Tão próxima do outro, seus pendores,
E tendência a tão só permanecer
E de restar no meio do caminho
Por medo do silêncio que ali medra
Depois de todo o imenso burburinho.
Pois a procura é antiga e duvidosa
Como a filosofal e rara pedra
Que cria ouro, em vez de pura rosa...
19/01/2005
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