Prenda igual às outras nunca fui,
Pois a Arte foi minha prioridade
Desde que, ao piano, em tenra idade,
Ouvi meu pai num tema que evolui
Em seqüência ou num moto perpétuo,
E vendo que aquilo era um inseto
Besouro ou abelha, tal e qual
Eu ouvia na coxilha ou no quintal.
E pareceu-me a chave do viver
Verter em melodia os sons da vida,
Que a palavra também podia ter.
Desde então eu persigo a tradução
De tudo ao meu redor com a intenção
De ver no mundo minha face refletida.
(sem data)
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
sexta-feira, 23 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Perto do coração da Vida (de Alma Welt)
No soneto de estro inesgotável
Persigo o próprio coração da vida.
E ele me há de revelar a impalpável
E real face do ser, quase perdida.
O significado da existência,
Estou persuadida: está oculto,
Desafiando o homem e sua ciência,
E alheio a toda fé e todo culto,
A um palmo, um dedo, um quase nada,
Misturado nos afetos e no laço
Que une um ser ao outro na jornada,
No garimpo do poema, na bateia,
Numa pedra, talvez de brilho baço,
A Verdade... sem aplauso e sem platéia.
(sem data)
Persigo o próprio coração da vida.
E ele me há de revelar a impalpável
E real face do ser, quase perdida.
O significado da existência,
Estou persuadida: está oculto,
Desafiando o homem e sua ciência,
E alheio a toda fé e todo culto,
A um palmo, um dedo, um quase nada,
Misturado nos afetos e no laço
Que une um ser ao outro na jornada,
No garimpo do poema, na bateia,
Numa pedra, talvez de brilho baço,
A Verdade... sem aplauso e sem platéia.
(sem data)
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