No soneto de estro inesgotável
Persigo o próprio coração da vida.
E ele me há de revelar a impalpável
E real face do ser, quase perdida.
O significado da existência,
Estou persuadida: está oculto,
Desafiando o homem e sua ciência,
E alheio a toda fé e todo culto,
A um palmo, um dedo, um quase nada,
Misturado nos afetos e no laço
Que une um ser ao outro na jornada,
No garimpo do poema, na bateia,
Numa pedra, talvez de brilho baço,
A Verdade... sem aplauso e sem platéia.
(sem data)
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