Revelando tudo aos meus leitores
Construo o meu mistério humano,
Pois aquilo que se esconde não tem cores
Pelo menos nesta vida ou neste plano
Como os gatos na noite, todos pardos,
Que são furtivas sombras de delírios
De mente mais afeita aos duros cardos,
E à alvura avessa, como aos lírios...
Não que eu rejeite névoas, meios-tons,
E a sutil mensagem de entrelinhas
Que é prerrogativa de alguns bons...
Mas se foste firme, com inteireza,
Quem ousará cobrar mais do que tinhas
Se desnuda ofereceste tua beleza ?
15/07/2006
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Alef (de Alma Welt)
E me vi num espaço de alforria
Onde antes corria aquele vento
Ou rio do meu próprio pensamento,
Que há tempos a Morte perseguia.
E eis que o Tempo cessa por encanto
E me sinto de repente em plenitude
No cenário da minha juventude,
E dessa memória guardo o espanto.
Quão belo é o hiato que me acalma
E faz ver o equilíbrio delicado
A que o homem precisa dar a palma!
Essa zona de silêncio em meio ao prado
É um Alef sublime, e tudo é uno:
A alma e seu amor, o fogo e o fumo...
(sem data)
Onde antes corria aquele vento
Ou rio do meu próprio pensamento,
Que há tempos a Morte perseguia.
E eis que o Tempo cessa por encanto
E me sinto de repente em plenitude
No cenário da minha juventude,
E dessa memória guardo o espanto.
Quão belo é o hiato que me acalma
E faz ver o equilíbrio delicado
A que o homem precisa dar a palma!
Essa zona de silêncio em meio ao prado
É um Alef sublime, e tudo é uno:
A alma e seu amor, o fogo e o fumo...
(sem data)
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