E me vi num espaço de alforria
Onde antes corria aquele vento
Ou rio do meu próprio pensamento,
Que há tempos a Morte perseguia.
E eis que o Tempo cessa por encanto
E me sinto de repente em plenitude
No cenário da minha juventude,
E dessa memória guardo o espanto.
Quão belo é o hiato que me acalma
E faz ver o equilíbrio delicado
A que o homem precisa dar a palma!
Essa zona de silêncio em meio ao prado
É um Alef sublime, e tudo é uno:
A alma e seu amor, o fogo e o fumo...
(sem data)
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