Quão dúbia é a nossa humanidade,
Mormente no que tange à alegria
Que tanto almeja a eternidade
Quanto dessa rota nos desvia!
Perdida nos meandros do nadir,
Às voltas com um rol de ninharia,
Em nome de hipotético porvir
Como se fim e morte não havia...
O passado, rico em seu resíduo,
E a memória, sua vocação eterna,
São o lastro-ouro do indivíduo,
Mas só a Poesia ainda elucida
O teatro de sombras da caverna
Cujo elenco tememos na saída...
(sem data)
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