Observo as crianças nos seus jogos,
Lindas, a correr pelo jardim,
A brincar como o poeta com o Logos,
Qual se fora correto e sábio fim.
Tudo é infantil, e o esquecemos...
Levamo-nos a sério, a ferro e fogo;
Nos esfalfamos tanto e queremos
Com esforços ou só com prece e rogo.
Mas ao poeta cabe ser só o vigia
No farol, desarmado sentinela,
Ou curioso que tão somente espia.
E se tiver que tomar parte na loucura
Que seja para pôr mel e canela
Nesse confuso caldo de amargura...
(sem data)
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