Às vezes ser mais simples eu quisera,
E viver sem questionar o tempo e o ser,
A razão de se viver e essa quimera
Que nos exige trabalhar para viver,
E buscar ser feliz a todo custo,
Mesmo contra a nossa própria mente
A recordar a dor, o medo e o susto
De ver tudo perdido de repente...
Mas perdido o quê, além da vida,
Que pelo que se espera lá no fim
Infelizmente já é coisa resolvida?
Talvez viver seja somente procurar
Voltar ao par que fomos no jardim,
Bem antes deste mundo começar...
(sem data)
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Il Carnevale (de Alma Welt)
Il Carnevale (de Alma Welt)
A vida é sofrimento, a morte é mais.
Prazer e dor, o resto é veleidade...
Vivemos nossos sonhos mais reais
Entre um e outro sonho de verdade,
Que são os que vêem de outro plano
Que de tão vasto e ignoto me consola
Por saber que esta vida é um engano
E o Sonho é maior, e não esmola
Pelos tormentos da vida neste vale
De sombras que bailam delirantes
Já que isto é mesmo “il Carnevale”
De uma louca Veneza atemporal
De gestos estudados e arrogantes,
Sob as neutras máscaras de cal...
(sem data)
sábado, 2 de outubro de 2010
A Alma do poema (de Alma Welt)
Já tudo é só poesia para mim,
E o poema não é algo destacado
Do viver, do ser, ou algo assim,
O justo sentido experimentado...
Mal posso conceber que uns não vejam
O mundo revelado como vejo,
E as coisas veladas mesmo estejam
Para alguns olhos eivados de desejo,
Que deveria ser motivo suficiente
Assim como o amor, para a poesia
Apresentar-se assim a toda gente.
Mas percebo afinal, e meio triste,
Que a alma do poema renuncia
A preencher um vazio que resiste...
(sem data)
E o poema não é algo destacado
Do viver, do ser, ou algo assim,
O justo sentido experimentado...
Mal posso conceber que uns não vejam
O mundo revelado como vejo,
E as coisas veladas mesmo estejam
Para alguns olhos eivados de desejo,
Que deveria ser motivo suficiente
Assim como o amor, para a poesia
Apresentar-se assim a toda gente.
Mas percebo afinal, e meio triste,
Que a alma do poema renuncia
A preencher um vazio que resiste...
(sem data)
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