Já tudo é só poesia para mim,
E o poema não é algo destacado
Do viver, do ser, ou algo assim,
O justo sentido experimentado...
Mal posso conceber que uns não vejam
O mundo revelado como vejo,
E as coisas veladas mesmo estejam
Para alguns olhos eivados de desejo,
Que deveria ser motivo suficiente
Assim como o amor, para a poesia
Apresentar-se assim a toda gente.
Mas percebo afinal, e meio triste,
Que a alma do poema renuncia
A preencher um vazio que resiste...
(sem data)
Nenhum comentário:
Postar um comentário