A quem agradecer tanta beleza?
A Deus, ao Cosmo, à Mãe Natura,
Ou ao Tempo que a todos nos matura
Pra ceifar-nos logo, com crueza?
Acabamos de aprender alguma cousa,
E depois de tantos erros e erratas
Estamos aptos a escrever na lousa,
Que afinal será um nome e duas datas.
Mas se a vida foi bem desfrutada
E co’a sabedoria estamos quites
Pelo menos já fruímos a jornada
Que terá sido tão bela de se ver...
E a verdade é a beleza, disse Keats, *
Era tudo o que havia pra saber.
06/11/2006
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
O Armário (de Alma Welt)
Tanta poesia no mundo a nos cercar!
Quem ousará dizer que tudo é mau?
Haja alma para tanto assimilar
E haja coração pra tanto sal
Da Vida, da Poesia, da Beleza
Que mesmo o próprio homem recriou
Além da que restou por gentileza
De Deus quando ralhando nos deixou
E se retirou pro firmamento
Onde permanece até o momento
De vir suspender nosso castigo
Que é da alma o armário escuro e fero
Onde eu com minha letra mal consigo
Escrever o meu poema enquanto espero...
(sem data)
Quem ousará dizer que tudo é mau?
Haja alma para tanto assimilar
E haja coração pra tanto sal
Da Vida, da Poesia, da Beleza
Que mesmo o próprio homem recriou
Além da que restou por gentileza
De Deus quando ralhando nos deixou
E se retirou pro firmamento
Onde permanece até o momento
De vir suspender nosso castigo
Que é da alma o armário escuro e fero
Onde eu com minha letra mal consigo
Escrever o meu poema enquanto espero...
(sem data)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Quem sou, de onde vim... ( de Alma Welt)
Quão perto estou de entender tudo!
Quem sou, de onde vim, vou para onde...
Acreditem-me, eu creio e não me iludo,
É algo que ao olhar se nos esconde
Mas que mora dentro de nós mesmos;
Algo que está conosco sob um teto,
Que a Poesia co’ele lida em outros termos
Como um culto iniciático e secreto
Em que remexe as vísceras de um bode
Como outrora os gregos e romanos
(que o ser humano procura como pode)...
Bah! Falando em vão de tudo isso,
Chego a conclusão que há muitos anos
Habito um caos secreto e insubmisso...
(sem data)
Quem sou, de onde vim, vou para onde...
Acreditem-me, eu creio e não me iludo,
É algo que ao olhar se nos esconde
Mas que mora dentro de nós mesmos;
Algo que está conosco sob um teto,
Que a Poesia co’ele lida em outros termos
Como um culto iniciático e secreto
Em que remexe as vísceras de um bode
Como outrora os gregos e romanos
(que o ser humano procura como pode)...
Bah! Falando em vão de tudo isso,
Chego a conclusão que há muitos anos
Habito um caos secreto e insubmisso...
(sem data)
sábado, 18 de dezembro de 2010
Metamor (de Alma Welt)
Não mais me importar com ser amada...
Quem me dera chegar a tal momento
E viver em plenitude e alheamento
O Ser do ser, e amar sem sentir nada!
Sim, como se Amor o corpo fosse
No gesto simples de doar e de colher
Como as flores se dão ao nosso ser,
Só muda fragrância, seca ou doce...
Nada de palavras, nem poemas
E muito menos os dúbios sentimentos
Tão cheios de equívocos, esquemas...
Sem coração que quer reter, capturar,
A aura intangível dos momentos
Inefáveis, que podemos só lembrar...
18/09/2006
Quem me dera chegar a tal momento
E viver em plenitude e alheamento
O Ser do ser, e amar sem sentir nada!
Sim, como se Amor o corpo fosse
No gesto simples de doar e de colher
Como as flores se dão ao nosso ser,
Só muda fragrância, seca ou doce...
Nada de palavras, nem poemas
E muito menos os dúbios sentimentos
Tão cheios de equívocos, esquemas...
Sem coração que quer reter, capturar,
A aura intangível dos momentos
Inefáveis, que podemos só lembrar...
18/09/2006
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