Quando chegar o fim, que sei e espero,
Não me assalte o desamparo e medo,
Mas seja grande encontro com o vero
Que deixa o moribundo mudo e quedo.
Tenho medo do medo, é o que tenho.
O desespero é a grande ameaça,
Que na hora do fogo sob o lenho
Até santo bendizer faz à fumaça.
O Medo e a Dor são quase unos,
Nascidos com minutos de distância
Entre os seus partos importunos.
E esses gêmeos tristes e inquietos
Convivem com a Vida e sua ânsia
De alegria sob o céu e sob os tetos...
08/01/2007
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
A Assombrada (de Alma Welt)
Alma viva assombrada pela morte,
Com ela tive grande intimidade
Que mudou-me o tom da realidade
E fez a minha vida bem mais forte.
Alto preço a pagar pela Poesia,
Acordar na alta noite em pleno frio
A apertar o peito em agonia
De onde brotam versos como um rio...
Ou então correr para o espelho
Para reintegrar-me em minha imagem
Que quer dissolver-se no vermelho
Do sangue desta vida, ou cabeleira
Que coroa a forma branca de miragem
Que anseia já perder-se na poeira...
Com ela tive grande intimidade
Que mudou-me o tom da realidade
E fez a minha vida bem mais forte.
Alto preço a pagar pela Poesia,
Acordar na alta noite em pleno frio
A apertar o peito em agonia
De onde brotam versos como um rio...
Ou então correr para o espelho
Para reintegrar-me em minha imagem
Que quer dissolver-se no vermelho
Do sangue desta vida, ou cabeleira
Que coroa a forma branca de miragem
Que anseia já perder-se na poeira...
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