Quando chegar o fim, que sei e espero,
Não me assalte o desamparo e medo,
Mas seja grande encontro com o vero
Que deixa o moribundo mudo e quedo.
Tenho medo do medo, é o que tenho.
O desespero é a grande ameaça,
Que na hora do fogo sob o lenho
Até santo bendizer faz à fumaça.
O Medo e a Dor são quase unos,
Nascidos com minutos de distância
Entre os seus partos importunos.
E esses gêmeos tristes e inquietos
Convivem com a Vida e sua ânsia
De alegria sob o céu e sob os tetos...
08/01/2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário