Ainda espero o trem que chegará
Pontualmente embora não sei quando
Trazendo alguém do Reino de Acolá
Onde o vento faz a curva e vem cantando
Buscar-me, ele vem, na plataforma
Que é esta minha varanda centenária
Onde estar sentada é minha norma
Sempre a tecer a minha teia solitária
E a contar em sonetos minha saga
Que é a da individualidade
Do ser cuja chama não se apaga
E resta para sempre e mais um dia
Na estação, como eu em tenra idade
A esperar o próprio trem que me trazia...
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