Quando criança, o amor já desejava
E sonhando construía meus enredos;
Tornar-me escritora eu almejava,
Ser poeta e espalhar os meus segredos.
Ser pura, secreta e desbragada;
Confessional pelo mais puro pudor,
Abrir o coração, e, alargada,
Conter o essencial do meu amor:
Aquilo que devora e me conserva
Jovem para sempre enquanto morro
Um pouco a cada dia que percorro.
E assim, da Natureza alegre serva,
Manter do coração a chama eterna,
Heróica, ao sol acesa a vã lanterna.
Este blog é reservado àquela parcela dos sonetos de Alma Welt que contém suas indagações (e também suas certezas) sobre a Vida, a Morte e o mistério do existir.
A Morte
sábado, 19 de janeiro de 2008
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Da verdade irredutível do ser (de Alma Welt)
Às vezes penso que fui longe demais
Em contar tudo, tudo o que me vem
Na mente, na vida, e muito mais,
Porque sempre se pode ir além...
Pois tudo o que dizemos nos pertence
E sai dentro de nós e é verdade,
Não há como dizer “isto me vence”,
É tudo parte da nossa liberdade
De optar, apreender, reter, assimilar,
Que de nossa escolha nasce e raia
O ser que, construído, vamos dar
Ao mundo, ao outro, a quem se importe,
Àqueles a quem formos dar à praia
Como náufragos que somos para a Morte!
13/01/2007
Em contar tudo, tudo o que me vem
Na mente, na vida, e muito mais,
Porque sempre se pode ir além...
Pois tudo o que dizemos nos pertence
E sai dentro de nós e é verdade,
Não há como dizer “isto me vence”,
É tudo parte da nossa liberdade
De optar, apreender, reter, assimilar,
Que de nossa escolha nasce e raia
O ser que, construído, vamos dar
Ao mundo, ao outro, a quem se importe,
Àqueles a quem formos dar à praia
Como náufragos que somos para a Morte!
13/01/2007
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