Quando criança, o amor já desejava
E sonhando construía meus enredos;
Tornar-me escritora eu almejava,
Ser poeta e espalhar os meus segredos.
Ser pura, secreta e desbragada;
Confessional pelo mais puro pudor,
Abrir o coração, e, alargada,
Conter o essencial do meu amor:
Aquilo que devora e me conserva
Jovem para sempre enquanto morro
Um pouco a cada dia que percorro.
E assim, da Natureza alegre serva,
Manter do coração a chama eterna,
Heróica, ao sol acesa a vã lanterna.
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