Ao olhar a natureza circundante
Eu vejo que sou fruto e parte dela.
Nada do que há me é distante,
A flor, o inseto e minha cadela.
Tudo, o prado, o vinho e o vinhedo,
As peonas que as uvas vão colhendo,
Seus piás e mesmo seu brinquedo,
E no alto aquela nuvem se movendo.
Mas afirmo que tudo isso me forma,
Devo-lhes corpo e mente, é o que digo,
Ao Universo estou ligada pelo umbigo.
Por isso ao despertar sou nascitura,
E de noite a filha pródiga retorna
Ao velho ventre da grande mãe Natura.
(sem data)
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