Os últimos albores na planície
Costumam me levar à compreensão
Súbita e fugaz da imensidão
Contra o humano limite e superfície.
Eu sei, o sol é Deus e é visível,
Olho severo mas sensível e amoroso
Que doura o nosso mundo compreensível
Pra mergulhar depois no duvidoso.
E assim o que o sol nos esclarece
O sono desmente ou desvirtua
E temos que rever o que parece.
Agora, em suas sombras e estigmas,
A noite das estrelas e da lua
Nos convida ao sonho dos enigmas...
(sem data)
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