Trago a suspeita em que me encano,
De que a vida sempre foi desconfortável
Para o desamparado ser humano
Pois a morte permanece indecifrável.
Ser feliz só é possível ao bobo-alegre
E também ao de baixa consciência
Ou que de além-mundos tenha a febre
Para mascarar tanta impotência.
Pois tal fobia é visível na Natura
Desde que o animal exibe o medo
Na vã corrida, queda, e captura.
E ninguém quer morrer, nem no final,
Com um pé sobre o outro no penedo
Enquanto sobe a maré deste canal...
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