Para a minha Musa eu merecer
E os poemas que me entrega,
Devo estar e não somente parecer
Clara, fresca, não saída de refrega.
O olhar límpido, a pele descansada,
Os cabelos soltos e sem laços
Vestes brancas, também, de iniciada
E meus brancos pés em lentos passos.
Assim escrevo meu soneto matinal
Que abre o meu dia sem deveres,
Todavia em constante ritual.
Pois muito cedo votei-me à Poesia
E descartei os fúteis padeceres,
Percebendo que a Morte também lia...
(sem data)
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