As coisas todas falam de algum modo
A linguagem do indizível e inaudito
Dentro do silêncio com que rodo
Os olhos ao redor ou com que fito
Para encontrar o elo que as liga
Nesse imenso discurso natural
Livre da malícia e da intriga,
Do tal pecado isenta e do mal
Ausente do espaço entre os astros
Que mal podemos conceber em anos-luz
Pois que temos contados nossos passos
Com nossa pequenez esbravejante
E toda essa empáfia que a conduz
A carregar o mundo qual atlante...
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