É tão fina a sintonia do real
Que podemos perdê-la por descuido.
O menor toque errado no dial
E teremos só estática, ruído,
Além dos tais fantasmas do passado,
Aqueles que geramos todo dia
Formando, paralelo, um outro fado,
Que da rota verdadeira nos desvia.
Mas, o mistério de ser e estar na vida
É que sendo tão frágil o equilíbrio
Como nau na procela enraivecida
Que quer ver capitão vencido e morto,
Singramos e empenhamos nosso brio
Qual se nos aguardasse um belo porto...
28/09/2006
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