Não espero ser bem compreendida
Pelos anos em que vivo ou logo após,
Mas se a Arte é solidão atroz,
É abraço também na despedida...
É consolo, pranto em ombro quente,
Pois que tudo é matéria de poesia,
É um olhar incólume entre a gente,
Mas que tudo colhe e se apropria.
E se à vezes me sinto assim tão só,
A ponto de gritar contra as paredes
Ou sair rolando nua pelo pó,
Eu me envergonho logo da fraqueza,
Ante vós, outros poetas que me ledes,
E volto a assumir minha riqueza...
21/07/2006
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