Longas vigílias, sofridas, da razão,
Em que a mente luta contra o fado,
O triste destino em comunhão
Do homem como ser desamparado.
Somos para a morte e por certo
É esse o grande laço que nos une
E talvez o segredo do deserto
Com que às vezes o coração nos pune.
No fatal desenlace somos unos
Ou, ao contrário, é a suprema solidão?
Quais os signos e momentos oportunos
Onde a revelação está, se nos escapa?
A resposta é uma cruz, uma canção,
Ou se encontra em nós sob uma capa?
(sem data)
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