Viver o mundo, esperança e agonia
E a louca incerteza da existência,
Driblando a mortal melancolia
Que é sempre o final ou a falência
De todos os sonhos e saudades
Por mais que a névoa dispersemos
De nossos erros e maldades,
Pequenos que sejam, de somenos,
Eis a tarefa heróica desse ser
Que é o homem, na sua dimensão
Tão dúbia de tristezas e prazer.
Enfim, tornar-se surdo à algaravia
Ou amarrar-se ao mastro da razão
Na última e arrastada calmaria...
05/01/2007
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