Medito sobre a verve do poeta
E o perigo de lidar com as palavras
Para além da ilação delas, direta,
Com a semeadura e suas lavras
Já que os vocábulos são germe
De novas inquietudes e questões,
Quer colhidos com outras intenções
Ou plantados abaixo da epiderme
Do ser, aquém da carapaça,
Ou ainda bem debaixo da razão
(e nisso consiste a ameaça)
Pois a fúria contida na origem
Fez do “logos” a causa da explosão
Que criou o Universo e sua vertigem...
(sem data)
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