Concentro meu olhar numa cadeira,
Para sentir a essência da Natura.
Ou muito além, naquela vã fronteira,
Para inferir da Terra a curvatura.
O pó, a relva, inseto ou ave,
Tudo contém o todo e o universo.
Na verdade, o mundo e seu reverso,
Pois no hiato mesmo está a chave.
No átomo o vazio é bem maior,
Dizem os cientistas (um espanto!),
Do que a matéria ao seu redor.
E entre saudade, dor, e a solidão,
Que sempre me acompanharam tanto,
Está o espaço da humana condição...
(sem data)
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