Tendo vivido pela força da palavra
Só temo o tal momento de afazia
Final, quando a mente a língua trava
Pois nada mais restou para a Poesia,
Quando não mais se tem o que dizer
E tudo se resume num suspiro
Ou numa dor tão grande de morrer
E deixar o mundo em seu respiro,
Que afinal era tão belo como era
Com as mágoas e a feiúra sem sentido
Pois nele havia infância ou houvera.
E numa espécie muda de “aqui vamos”,
Talvez como um sonho indefinido
Alcançamos a paz que não sonhamos.
(sem data)
Nenhum comentário:
Postar um comentário