(84)
Observo as abelhas em seu vôo
E penso que descubro o seu segredo:
A concentração no eterno enredo
É a chave do sucesso do seu povo.
A rotina é talvez poesia pura
Ou é ela mesma o seu sentido
Pois ela não exclui a aventura
Que põe todo plano dissolvido.
E me ponho a cogitar se fico quieta
Imóvel no meu canto e encantada
Não me torno a essência do poeta,
Pois não há maior mistério e poesia
Que a senda dos minutos, tão pingada
Traçando a perigosa travessia.
04/01/2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário