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"La noche escura del alma” (San Juan de la Cruz)
de Alma Welt:
Noite, noite escura desta Alma
Solidão, angústia e mil tormentos,
A corredeira da memória e pensamentos,
Sem remanso ou praia, não se acalma.
Insônia, inferno dos remorsos
A remoer a consciência despertada,
Ranger de dentes, inúteis, vãos esforços
Para conter a dor desta jornada.
Onde o estuário dos amores, sua foz,
Seus momentos aprazíveis de langor?
Onde as palmeiras do enganoso amor?
Agarrada nessa tal casca de noz
Que me coube no universo porventura,
Náufraga sou na triste noite escura...
17/01/2007
Um comentário:
este poema é lindo demais. E descobri este site com poemas metafísicos da Alma.Que beleza, maravilha. Rogério.
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