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Entre sombra e luz cai o vazio
Que é da visão e sonho o limiar,
E essa zona ambígua em tom macio
Guarda o coração em seu amar,
Posto qu'ele mesmo não é bem claro
Conquanto igualmente não escuro,
Quer o esclarecido e o obscuro
Assim como o profuso ama o raro.
Mas mesmo tão chegado a submundos
O amor mal se perde em emoções
Outras que a da luz que a ele impões,
Ó coração obstinado e incoerente
Que tens a natureza da semente
A brotar na fronteira de dois mundos!
10/01/2007
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