A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

domingo, 7 de outubro de 2007

A noite escura da Alma (de Alma Welt

(126)
"La noche escura del alma” (San Juan de la Cruz)

de Alma Welt:

Noite, noite escura desta Alma
Solidão, angústia e mil tormentos,
A corredeira da memória e pensamentos,
Sem remanso ou praia, não se acalma.

Insônia, inferno dos remorsos
A remoer a consciência despertada,
Ranger de dentes, inúteis, vãos esforços
Para conter a dor desta jornada.

Onde o estuário dos amores, sua foz,
Seus momentos aprazíveis de langor?
Onde as palmeiras do enganoso amor?

Agarrada nessa tal casca de noz
Que me coube no universo porventura,
Náufraga sou na triste noite escura...

17/01/2007

Um comentário:

Rogério Silvério de Farias disse...

este poema é lindo demais. E descobri este site com poemas metafísicos da Alma.Que beleza, maravilha. Rogério.