A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Recriação de Lilith (de Alma Welt)

Consta que um mago da Judéia,
Que era um alquimista disfarçado,
Conseguiu recriar ante a platéia
O Ser Primeiro, belo e rejeitado,

A primordial mulher do pobre Adão,
Lilith, que por ter sopro divino
Entrava com o macho em colisão,
Mas já com a sedução do feminino.

E Adão que já era um bom covarde
Queixou-se ao senhor, de sua consorte,
Que afinal o acudiu um pouco tarde

Pois o homem ainda tenta recriá-la
Pois seu fascínio Eva não iguala
Mesmo que seja Vida, e ela... a Morte.



E mais este:

Confusão (de Alma Welt)

De muito longe no tempo vem minh’alma,
Assim como as mais puras dentre vós
Que recordamos a raiz do nosso trauma
Co’a confusão lingüística da voz...

Mas Deus alternativa oferecia
Além do aprendizado desses códigos:
O dom maior da Música e Poesia
E da boa acolhida aos filhos pródigos.

Desculpai-me a confusão, por minha vez,
Que muitos acham só insensatez
Eu assim misturar temas e conceitos.

Mas creio estar tudo interligado,
E o Retorno ao Paraíso, programado,
A charrua abandonando e nossos eitos.

(sem data)