A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Testamento ( de Alma Welt)

Ao vento não lancei os meus desejos,
Mas em versos ritmados no papel
Para em rimas plasmar os meus ensejos
E os caprichos, tantos, em tropel

Formando com eles as milícias
Dos meus sonhos loucos de poeta,
Não só os dos gozos de delícias
Mas também os místicos, de asceta.

Talvez só seja ingênua aspiração
De restar ao menos no papel
Por mais de uma futura geração...

Para quê? me perguntam amiúde
Os que apostam da matéria a finitude
E descrentes acreditam só no céu...

15/01/2007