A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ao Poeta em mim (de Alma Welt)



Ingenuamente movido por certezas
Pensas abrir sendas neste mundo
Quando apenas seguir podes correntezas
Que levaram a tantos para o fundo.


Mas além dentro de ti, algures
Se encontra a chave do Mistério
Que talvez nem saibas que procures
Pois até uma criança brinca a sério...

Repara à tua volta, meu amigo,
A vida solene e atarefada
Que gira em torno ao teu umbigo!

E já que és o centro do universo,
Cuida da precisão do teu destino
Que é só caber inteiro num teu verso...

domingo, 2 de setembro de 2012

Viver, pensar (de Alma Welt)


Viver é duro ao se pensar a Vida,
Melhor é não pensá-la e vivê-la.
Mas se não pensada é pura lida
É preciso parar para bem vê-la.

Mas se paramos começamos a pensar
E enxergamos pois o lado escuro
Que é a face da Morte a assombrar
Quanto mais do pensar se faz apuro.

Báh! Pensar e não pensar é impossível
Viver em plenitude é doloroso
Mas não querer sofrer é desprezível.

Pois se não vivemos, só pensamos,
Um gosto fica, assim, meio travoso
De não saber pra quê na Vida estamos...