A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cabra-Cega (de Alma Welt)

A poesia que coloco no papel
Será sempre a imagem verdadeira
Daquilo que projeto sob o céu
Enquanto brinco a louca brincadeira

Que é este estar às cegas nesta vida
Como aquele jogo dos infantes
Cuja eterna tensão durava instantes,
Do tatear e o reencontro, comovida.

Assim, também cego é o soneto
Que me faz percorrer sombria senda
De dores, emoções e algum tropeço,

Quando, afinal, na chave do terceto,
Inaudito como o fecho de uma lenda,
Toco meu próprio rosto... e o reconheço.

(sem data)

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