A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Destino (de Alma Welt)


Nossa vida faz patético percurso
Até aquela final nota de ironia, 

Das cartas sempre o último recurso
Pra velar sua vocação que é a poesia.

Tenho medo da leitura da cigana,
Conquanto muitas vezes enganosa,
Quando lendo nossa vida nos engana,
Pensa dar gato e dá poesia pela prosa.

Da resposta não temos o tal código
Como um pai não saberá antes da hora
Se pra casa volta o filho pródigo...

Tudo é mistério: estamos às escuras,
Quem mente para a gente jamais cora,
Também não aquela face que procuras...

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