A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Sobre a poesia dos minutos (de Alma Welt)

(84)

Observo as abelhas em seu vôo
E penso que descubro o seu segredo:
A concentração no eterno enredo
É a chave do sucesso do seu povo.

A rotina é talvez poesia pura
Ou é ela mesma o seu sentido
Pois ela não exclui a aventura
Que põe todo plano dissolvido.

E me ponho a cogitar se fico quieta
Imóvel no meu canto e encantada
Não me torno a essência do poeta,

Pois não há maior mistério e poesia
Que a senda dos minutos, tão pingada
Traçando a perigosa travessia.

04/01/2007

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