A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O canal (de Alma Welt)

Trago a suspeita em que me encano,
De que a vida sempre foi desconfortável
Para o desamparado ser humano
Pois a morte permanece indecifrável.

Ser feliz só é possível ao bobo-alegre
E também ao de baixa consciência
Ou que de além-mundos tenha a febre
Para mascarar tanta impotência.

Pois tal fobia é visível na Natura
Desde que o animal exibe o medo
Na vã corrida, queda, e captura.

E ninguém quer morrer, nem no final,
Com um pé sobre o outro no penedo
Enquanto sobe a maré deste canal...

Nenhum comentário: