A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A vida (de Alma Welt)

A vida, meu amigo, é tão estranha
Que não fosse o risco de uma rima
Eu diria que é a teia de uma aranha
E no centro está aquela que dizima.

Ou então que a vida é uma aventura
Num trem fantasma de verdade
Em que os companheiros de tortura
Vão sumindo a cada feia novidade.

Ou ainda que a vida é uma trapaça
E que somos nós o trapaceiro
Vendedor de elixires de cachaça

Para nós e até para os amados
A quem amor juramos, verdadeiro,
Quando mal suportamos nossos Fados.

(sem data)

Nota
Acabo de descobrir este notável soneto inédito na Arca da Alma, que muito me fez rir, e que vou imediatamente postar no blog específico dessa vertente da Poetisa: o dos Sonetos Humorísticos da Alma. (Lucia Welt)

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