A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Poeta e o levante (de Alma Welt)

Através dos milênios à porfia,
Carrega o poeta a sua tocha,
E o tão sagrado fogo da Poesia
Pesado vai ficando, como rocha.

A solidão aumenta a cada século,
Que, nós, milênios dentro carregamos,
Que ser poeta é ser como um espéculo
Da espécie que o saber e dor herdamos.

Que importa se o tempo nos compreende!
A missão é passar o fogo adiante,
Um poeta com outro só se entende

Desde o nadir do ser, de trás pra diante,
Como esgarçada malha que se estende,
A esperar de nós nosso levante...

(sem data)

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