A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

terça-feira, 2 de março de 2010

Postfácio (de Alma Welt)

Saberei parar um dia e emudecer,
E conformar meu passo ao coração?
Olhar as profundezas do meu ser
E estar bem, ali, c’os pés no chão?

A dor se tornou arte, isso foi bom...
O poeta irá tornar-se o cisne negro
Num longamente acalentado som,
Seu solo patético e mais íntegro.

Cantei por não saber calar a vida
Neste coração que se entusiasma
Pelo belo, o puro, e mesmo a lida.

Quanto à dor, também a vejo assim:
Como um último e íntimo fantasma
A dizer: “Viva, viva, viva” até o fim...

15/01/2007

Nenhum comentário: