A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nichos e fronteiras (De Alma Welt)

Escrever para um leitor imaginário,
Reverente, disponível, apaixonado,
É a ilusão do poeta em seu contrário:
O ser nele socialmente motivado...

Pois o campo do poeta é a solidão,
Espaço de angústias indizíveis,
De um vago vagar na vastidão
Eivada de sombras e desníveis,

Espectros a se esgueirar furtivos
Que fazem sinais pra que os sigamos
Aos nichos profundos do que amamos,

E a uma outra fronteira perigosa
Onde cessa sua poesia e sua prosa,
Limite da razão e dos motivos...

(sem data)

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