A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Reflexão (de Alma Welt)

Quão dúbia é a nossa humanidade,
Mormente no que tange à alegria
Que tanto almeja a eternidade
Quanto dessa rota nos desvia!

Perdida nos meandros do nadir,
Às voltas com um rol de ninharia,
Em nome de hipotético porvir
Como se fim e morte não havia...

O passado, rico em seu resíduo,
E a memória, sua vocação eterna,
São o lastro-ouro do indivíduo,

Mas só a Poesia ainda elucida
O teatro de sombras da caverna
Cujo elenco tememos na saída...

(sem data)

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