A Morte

A Morte
óleo s/tela de Guilherme de Faria 1967

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ainda o Poeta (de Alma Welt)

Observo as crianças nos seus jogos,
Lindas, a correr pelo jardim,
A brincar como o poeta com o Logos,
Qual se fora correto e sábio fim.

Tudo é infantil, e o esquecemos...
Levamo-nos a sério, a ferro e fogo;
Nos esfalfamos tanto e queremos
Com esforços ou só com prece e rogo.

Mas ao poeta cabe ser só o vigia
No farol, desarmado sentinela,
Ou curioso que tão somente espia.

E se tiver que tomar parte na loucura
Que seja para pôr mel e canela
Nesse confuso caldo de amargura...

(sem data)

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